domingo, 31 de julho de 2011

Teaser Proclamarte

Espalhe, indique, mostre para todo mundo! O teaser do Proclamarte, produzido pelo Matheus Wittmann da IM São Roque ficou pronto e é uma ferramenta excelente para enviarmos para nossos amigos e divulgarmos o festival. Contamos com você!



Proclamarte também é arte na mídia digital! :-)

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Ministério de Dança, sim!

O ministério de dança na igreja passou por diversos períodos, no inicio havia uma resistência das pessoas quando se falava em adorar a Deus através da dança, afinal até a dança chegar a ser um ministério especifico dentro da igreja levou cerca de 10 anos.

No primeiro momento a dança na vida da igreja era comum ver grupos formados por adolescentes que simplesmente gostavam de dançar e criar coreografias; hoje este contexto mudou, encontramos nas igrejas locais pessoas que entendem a dança como expressão de adoração. Um novo período, aonde primeiro nasce à adoração cuja essência é Deus faz a dança se tornar conseqüência. Adorar a Deus não é apenas expressar-se por meio de palavras ou músicas; adoração que desejamos declarar a Ele também o fazemos por meio de nosso corpo que se torna instrumento de adoração através da dança: “Porque Nele vivemos, e nos movemos e existimos!” (At 17.28). Este novo tempo nos proporciona um amadurecimento espiritual aonde resulta numa liberdade de expressão de intimidade e louvor. 

Falar sobre dança como arte dentro da igreja e como meio de evangelização, é algo que sai do comum, nos levando a uma reflexão do por que não encontramos essa pratica dentro das igrejas, ou melhor, fora das quatro paredes. Não vemos com freqüência esta arte sendo utilizada como meio evangelístico para impactar vidas. Segundo “Dalcroze” a dança é arte de expressar emoções com a ajuda dos movimentos rítmicos do corpo. A dança por si só é atraente e nos emociona, sendo assim, uma arte em potencial para utilizarmos em prol do reino de Deus.

Em contra partida embora a dança na igreja se encontre em um novo contexto e tem superado os preconceitos, ainda existem conseqüências geradas por períodos históricos onde a dança era ligada ao pecado, o tempo passou, a arte trouxe mudanças, mas estas marcas históricas ainda estão em nossas mentes e também registradas em nossos corpos, presente na cultural corporal do homem.

 A partir deste ponto podemos entender o porquê ainda existem muitos ministérios que preferem ter o foco de louvor e adoração somente no momento do culto, dançar fora da igreja? sim, isto é possível, não é o local que dançamos que determina a adoração á Deus sim o coração e sua real intenção, independente do lugar que se dance, quando existe uma verdadeira entrega alcançamos o coração de Deus: “Então Miriã, a profetisa, irmã de Arão, pegou um tamborim e todas as mulheres a seguiram, tocando tamborins e dançando” (Ex 15.20). É a intenção da sua dança que faz a diferença, contagiando as pessoas que estão a sua volta.

É necessário ter sabedoria e um amadurecimento espiritual para “proclamarte” através da dança, a palavra de Deus nos diz: "Entoai-lhe um novo cântico, tangei com arte e com júbilo." (Sl 33:3) este versículo revela que devemos nos preocupar com o preparo espiritual como também com a nossa atuação técnica enquanto ministros da dança, ou seja, dar o melhor para Deus e fazer bem aquilo que nos propomos a fazer á Ele. Assim como um musico aprende a tocar um instrumento, quem dança na igreja deve aprender a dançar e conhecer seu instrumento que é o próprio corpo, desde que existe o homem, existe a dança e muitas vezes por este fator, os ministérios, não se capacitam para dançar com excelência para Deus. Não é dançar bem para mostrar que você dança melhor que o outro e sim aperfeiçoar o dom que Deus colocou em sua vida, buscar unção, pois a unção é que nos permite ser usados por Deus.
Assim como podemos ver o trabalho artístico no meio secular como Cisne Negro Cia. de Dança, Cia de Dança Deborah Colker, sentimos falta deste olhar artístico para a dança como meio de evangelização, criar coreografia direcionada por Deus, junto com embasamento técnico. Não que devemos ser profissionais em dança, mais devemos aproveitar tudo que esta arte tem, para “proclamarte” de forma criativa e impactante, atrair as pessoas para Deus através da dança, renovar nossos dons e visão missionária: “Porque dEle e por Ele, e para Ele, são todas as coisas; glória, pois, a Ele eternamente. Amém” (Rom 11.36).


Gabriela Santana Camuçatto - Educadora Física
Coordenadora do Núcleo de Dança do Proclamarte

sábado, 23 de julho de 2011

Deus, um grande artista

Você já parou para imaginar tamanho talento o nosso Deus possui? A canção Autor da Vida, interpretada por Ana Paula Valadão no CD Diante do Trono 10, nos ajuda a compreender isso. A arte nos é inspiradora não apenas porque mexe com os nossos sentidos e sensibilidade, mas porque nós somos a obra prima do maior artista que existe.


Autor da Vida
Ana Paula Valadão

Tu és o autor da vida
E eu, a Tua canção
Tu és o oleiro
E eu, barro em Tuas mãos
Tu és o instrumentista
E eu, soprado por Ti
Tu és o artista
E eu me rendo a Ti
Toca-me, canta em mim
Põe as cores que há em Teus olhos sobre mim
Move-me, sente em mim
Conta a Tua história através de mim
canta, dança, toca, molda
Escreve, pinta, fala, sente
Tu és o autor da vida
E eu, a composição
Tu és o artista
E a tela é o meu coração

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Estruturando o ministério de Dança na igreja

"Ainda te edificarei e serás edificada, ó virgem de Israel! Ainda serás adornada com os teus adufes, e sairás com o coro dos que dançam". Jr 31:4

"Então a virgem se alegrará na dança, como também os jovens e os velhos juntamente; porque tornarei o seu pranto em gozo, e os consolarei, e lhes darei alegria em lugar de tristeza". Jr 31:3

Definição
Dança: meio de expressão natural e espontânea em que o corpo, integrando o ritmo e a música, ocupa a dimensão espaço-tempo; É uma linguagem pela qual se comunicam idéias não expressas verbalmente.
Dançar: mover o corpo cadenciadamente, em geral ao som compassado da voz ou de instrumento de música; girar; rodopiar; mover-se; saltar.
Para o povo de Israel sempre foi comum expressar seus sentimentos através das artes, sendo a dança um grande instrumento de comunicação. Portanto, este ministério nunca foi algo "escandaloso" para o povo de Israel, nem tampouco para os outros povos do médio e extremo-oriente. A dança não é nenhuma novidade e sempre fez parte das comemorações cristãs. O preconceito em relação este tipo de manifestação artística é um problema cultural. Ao longo dos anos, alguns valores foram deturpados. Como, por exemplo, a questão do homem dançar estar associada à sua sexualidade.

O fato de satanás falsificar algo não significa que não devemos praticar o que é genuíno.

A boa noticia é que Deus está restaurando o Seu povo, preparando-o para sua volta. Para tanto, Ele vem resgatando para Si todas as maneiras de adoração e louvor roubadas e destruídas por Satanás (João 10:10).

Neste sentido, a dança vem sendo restaurada por Deus para que se cumpra a Sua promessa de restauração do tabernáculo de Davi (Atos 15:16).

O MOVIMENTO
Sl 115: 17 - "Os mortos não louvam ao Senhor, nem os que descem ao silêncio; - aquele que vive se movimenta

Nosso corpo foi feito para o movimento. A atividade relaxa,emagrece,diminui dores, diminui a ansiedade, estresse. O Dançar envolve o uso de todo o corpo a fim de expressar-se diante de Deus.
Nossos movimentos influenciam o mundo espiritual.
Na Bíblia, encontramos várias ocasiões onde pessoas utilizaram sua expressão corporal para profetizar ou realizar algo.

Referência Movimento Resultado
Ex 14:21-22 "estendeu a vara" Mar abriu
Ex 14:26 "estendeu a mão" Águas cobrirão os egípcios
Ex 17:11 " braço levantado" Obtinha vitória
Js 6:11-14 "rodearam a cidade" Queda dos muros de Jericó
1 Rs 17:21-22 "se estendeu sobre a criança" Criança ressucitou
1 Rs 19:42 "curvou o corpo para terra,com rosto entre os joelhos" Fez chover
2 Rs 4:34 "se colocou de bruços sobre o menino" Corpo começou a esquentar
2 Rs 2:25 "andou de lá pra cá" Menino ressucitou
Ez 4:4-6 "dormir deitado para o lado esquerdo" Mostrará castigo para Israel
Ez 4:7 "rosto virado p/ cidade, braço estendido" Representa o poder que ataca

OBJETIVOS DO MINISTÉRIO DE DANÇA
O Ministério de Dança pretende adorar a Deus e proclamar sua palavra por meio do movimento. A dança, assim como qualquer tipo de arte, é um poderoso meio de levar o evangelho de forma criativa. A palavra falada entra pelos ouvidos, mas a palavra encenada entra pelos ouvidos, olhos e emoções. A dança é um ministério visual. Pretendemos também ensinar os integrantes para que sejam adoradores e não somente bailarinos. Pessoas com o caráter de Cristo, que busquem influenciar a sociedade através dos dons e talentos que Deus lhes deu. Fazer parte de um dos grupos do ministério, é dar a oportunidade para que a pessoa se envolva na obra, cresça no conhecimento de Deus e desenvolva seu potencial.

ONDE O MINISTÉRIO DE DANÇA PODE ATUAR?O ministério participa nas celebrações da Igreja (tanto no momento de louvor, como com coreografias durante o culto) , em projetos evangelísticos (festivais de dança, evangelismo nas ruas, viagens missionárias) de ação social (projetos em bairros e escolas, visitas em asilos e lares), apóia as congregações, dá oficinas para treinamento e consolida a visão com várias faixas etárias da Igreja.

QUEM PODE DANÇAR?
A dança não é privilégio de alguns poucos seres dotados de coordenação. Ela está ao alcance de todos. Podemos diferenciar a dança do altar e a do banco. No Altar, você tem o compromisso de ministrar ao povo, de levar a igreja à adoração. Exige que busquemos técnica e procuremos nos aperfeiçoar para edificar a vida de nossos irmãos. Já no Banco, é um relacionamento exclusivo entre você e Deus. Não exige técnica e você faz da forma como se sente mais a vontade.

O LÍDER
Deus sempre escolheu pessoas para estarem a frente do seu trabalho, porque sabe que o povo precisa de uma direção. Muitas cabeças pensando,as vezes podem gerar muita confusão também. É importante ter uma pessoa "madura" (o que nem sempre significa "mais velha") para estar a frente do trabalho.Esta pessoa deve ser um referencial em todos os aspectos. Deve estar submissa a liderança da igreja, e estar disposta a pagar um preço para que o ministério dê certo. É necessário disposição para ensaiar, cuidar das ovelhas (alimentando, tratando o pecado quando necessário,dando a devida atenção),buscar a direção do Senhor para cada detalhe.
È interessante que a pessoa que vai estar a frente do trabalho, tenha alguma experiência em dança, ou que pelo menos, se interesse em buscar e se aprimorar, procurando oferecer algo de excelência para Deus.

O MINISTRO DE LOUVOR COM DANÇAS
Muitas pessoas olham para os grupo de dança e por achar bonito,desejam participar, sem se dar conta de que há um preço por trás de tudo
Antes de sermos bailarinos, somos vasos santos, ministros e sacerdotes. Logo, temos a responsabilidade de sermos referencial da glória de Deus.

Aqueles que participam do ministério devem entender que o que fazem não é somente algo bonito, mas que deve comunicar alguma coisa. A arte só vai ter valor se salvar, curar, restaurar e edificar. E no caso da dança, a unção vem pelo movimento. Não se trata de um adorno para enfeitar o púlpito da igreja. A vida e o caráter do ministro devem ser tratados antes de estar à frente da igreja.
Devem ser pessoas comprometidas e que sejam um exemplo pois estão a frente.Devem ter compromisso e buscar fazer todas as coisas com excelência.

FORMAS DE TRABALHAR A DANÇA
Coreografias: movimentos pré-definidos e ensaiados. Como uma música e uma letra na qual o Senhor Jesus inspira o compositor. Aqui, podem se desenvolve temas bíblicos com mensagens associadas a problemas socioculturais, políticos e espirituais atuais.
Dança livre/ Espontânea: como um cântico espiritual vindo do coração de Deus (Sl 33:3). No mundo, é chamado de improvisação, mas nós cremos na inspiração do Espírito Santo.

COMO FORMAR OS GRUPOS?
Primeiro é importante dividir as idades. O ideal é dividi-las da seguinte forma:
Crianças - 3 a 6 anos / 7 a 9 / 10 a 12
Adolescentes - 13 a 17
Jovens - 17 anos em diante
Mulheres
Terceira Idade

Essa divisão é importante porque devemos respeitar as limitações e necessidades físicas de cada idade, além das necessidades espirituais. É impossível tratá-los da mesma forma. Muitas vezes vemos mulheres mais velhas,ou jovens ensaiando num mesmo grupo que crianças.Que tipo de desenvolvimento poderemos dar para eles,uma vez que os interesses são completamente diferentes?
Depois de separar as idades é necessário ver qual o propósito: O grupo será evangelístico?tem alguma função especifica na igreja (ex: ministrar no louvor)? Pretende consolidar novos convertidos? É aberto para quem quiser ou é um grupo fechado?
É muito importante responder estas perguntas e definir o propósito do grupo para que ele funcione da melhor forma possível. Na igreja, podemos ter vários grupos com propósitos completamente diferentes. Assim é que funciona o Corpo de Cristo,cada um fazendo a sua parte.É impossível que somente um grupo alcance a todos.

OS ENSAIOS
O ideal é que os grupos tenham dois ou mais ensaios por semana de pelo duas horas cada um. Na dança, é necessário continuidade, caso contrario os resultados são lentos.
O Ensaio é a oportunidade de criar e desenvolver o que já existe. Além de ensaiar e criar coreografias é importante que exista um tempo devocional, onde as pessoas possam orar e compartilhar a palavra de Deus, afinal, nosso interesse é ver o crescimento do individuo tanto técnica como espiritualmente.

GERAÇÃO DE RECURSO
Todo ministério necessita de dinheiro para poder se desenvolver. Com o ministério de dança não é diferente. Figurinos, equipamentos para sala (som, colchonetes, ventiladores, etc),cursos de aperfeiçoamento são alguns dos exemplos do que os grupos necessitam. Muitas pessoas acham que a Igreja é responsável por suprir essas coisas, mas eu gostaria de ressaltar que na verdade nós somos responsáveis para suprir a igreja. Ela pode nos dar o suporte, a estrutura maior, mas nossos grupos devem pelo menos se auto-sustentar sem depender do caixa da igreja. Já pensou se todos os ministérios dependessem¿ Nos devemos edificar e auxiliar a igreja a desenvolver e não simplesmente sugar.

Existem muitas formas de você gerar recursos para o ministério, basta usar a criatividade e estar disposto a trabalhar. Isso também é uma ótima oportunidade de ensinar aos integrantes o valor de cada coisa e que tudo necessita de trabalho e não cai do céu. Deus pode operar muitos milagres e prover coisas maravilhosas, mas Ele dotou os seus filhos de capacidade e inteligência. Aquilo que cabe a parte humana,vamos fazer e deixemos para Deus a parte sobrenatural.

PALAVRA FINAL
O que você tem feito para que o seu grupo desenvolva?
Algumas pessoas me perguntam quanto tempo leva para que alguém aprenda a dançar e eu sempre respondo: - "A vida inteira". Sempre temos que estar buscando, pois no momento que paramos,nosso corpo se acomoda,perdemos o alongamento, a agilidade,etc.
Invista no seu ministério.As vezes temos tempo e dinheiro para tantas coisas,mas deixamos de lado aquilo que realmente é necessário. Faça aulas de dança, cursos, congressos, seminários, leia sobre o assunto, assista espetáculos, saiba o que a palavra de Deus fala sobre o assunto, veja filmes,enfim...INVISTA!Você pode optar se quer um grupo medíocre, um grupo comum ou um grupo inteligente.

Por Kátia Melo
Extraído de http://www.estudiodocorpo.com/estudos/35-min-danca.html

sexta-feira, 15 de julho de 2011

O músico: na igreja e como profissional

O artista em geral e no caso, o músico, tem uma realidade muito  complexa, tanto dentro ou fora da igreja. Infelizmente durante muitos anos foram incompreendidos e marginalizados em sua atuação. Esta realidade foi um pouco atenuada fora do país, por causa de uma mentalidade mais aberta e por se valorizar a arte como base de uma educação de um povo. Nem todo músico é boêmio (idéia arraigada, infelizmente) e tem uma possibilidade enorme de adorar a Deus através de sua vida profissional.

As barreiras são muitas para que trilhe este caminho: barreira familiar, quando os pais se assustam com a opção de seus filhos se tornarem profissionais, já que em nossa cultura isto não é valorizado; barreira educacional, já que o ensino de música não é obrigatório nas escolas municipais e estaduais, levando o aspirante a músico a brigar por algumas vagas oferecidas por escolas do governo ou migrará para o ensino particular ou em escolas superiores particulares, e a própria barreira profissional, com poucas oportunidades oferecidas em seu mercado de trabalho..

Quando fui estudar contrabaixo na Escola Municipal de Música em São Paulo, em 1971, ouvi do meu professor que deveria optar por outro instrumento, pois as orquestras municipal e estadual, inclusive a jovem, já tinham instrumentistas suficientes nestes instrumentos para os próximos 20 anos. Isto é, se optasse pelo instrumento, teria poucas chances de trabalhar profissionalmente aqui, a não ser dando aulas ou formando um grupo de jazz.

Em nosso mundo evangélico brasileiro ainda se questiona se o músico ou artista pode exercer seu dom e capacidade de forma profissional e não só de forma amadora. Há muita ignorância teológica sobre o uso das artes, parecendo inclusive que esta dimensão está excluída de uma vida cristã saudável.

Parece que o músico, ou o artista em geral, vive num planeta à parte, muito mais sujeito às tentações e lutas do que os outros profissionais. Para quem trabalha pastoralmente como eu e está envolvido com aconselhamento, sabe que isto não é verdade, pois estamos sujeitos a toda a sorte de provações e tentações em qualquer área e ambiente em que se vive.

A idéia em nosso meio é a seguinte: o músico ou artista que se converte precisa “abandonar” o mundo e a “velha” vida, diferenciando-o de outros profissionais (médico, dentista, professor, bancário, etc.) que passam pela mesma experiência de conversão, como se estas profissões fossem “santas” e a dele não. O fazer tudo para a glória de Deus (1 Cor. 10.31) continua valendo para todos, e todos os profissionais cristãos terão áreas de tensão e que terão que se posicionar por causa do cristianismo, considerando a ética e a moral cristã, além dos valores do reino de dignidade e justiça.

Graças a Deus temos a experiência de Lutero e dos irmãos Wesley, por exemplo, que além de teólogos, eram músicos. Deus é o Supremo Artista, e Sua capacidade de criação se vê em todo o universo. Precisamos resgatar em nossa teologia, a teologia das artes.

Tenho ouvido este resgate nos últimos tempos através de ministrações do Gerson Ortega (SP), Carlinhos Veiga de Brasília e Sidney Costa, coordenador do Louvale em São Jose dos Campos, além dos irmãos da Associação de Músicos Cristãos (AMC) e que tem ajudado os artistas da igreja em seus posicionamentos e decisões.

O músico cristão recebeu dons e talentos para criar, para executar, para exercitar com excelência e integridade na adoração e no testemunho diário. Não somente na igreja, mas dando testemunho de Jesus em seu meio ambiente, sendo sal e luz do mundo. O músico precisa ser responsável em seu ambiente de trabalho. O músico está envolvido na missão que recebemos como crentes, além de poder usar a música para seu sustento digno. Consideremos alguns aspectos

O músico necessita de apoio espiritual
É importante um trabalho de discipulado para que seja transformado em seu caráter como pessoa e para que tenha sabedoria no uso de seus talentos. Apoio de oração para que seja luz em seu ambiente de trabalho e para que persevere em meio à lutas de sua realidade e irmãos e autoridades que o avaliem e aconselhem.

O músico precisa de espaço e oportunidade
Não devemos olhar o músico ou artista com preconceito mas sim, viabilizar oportunidades para que ele possa servir a Deus na igreja com alegria, humildade, excelência e integridade. Não somente na igreja, mas fora do ambiente dela para que mostre que é possível um artista servir a Deus exercendo sua profissão com a dignidade que ela tem.  Mais de 70%  dos artistas das grandes orquestras e coros dos grandes centros e também os populares, saíram de igrejas evangélicas. Não podemos nos conformar com esta perda.

O músico precisa de preparo
É fundamental o músico se  preparar para dar o seu melhor ao Senhor e executar sua música com excelência. Dedicar o melhor e não o pior ao Senhor, sempre com um coração singelo e integro. A igreja sempre que possível deve ajudar para que os que se dedicam sejam abençoados e cresçam em seu serviço e ministério.

O músico precisa de sustento
Obviamente nem todos poderão ser sustentados pela igreja, mas precisamos ser sensíveis e ajudar àqueles que estão se dedicando para este trabalho e ministério continuamente na igreja local. É sabido que as oportunidades dos músicos de exercitarem as suas profissões e, ainda mais, ganhando para isso, são muito escassas em nosso país. A maioria dos músicos consegue sustento dando aulas, gravando, e tocando em festas, casamentos, orquestras e coros, e poucos, com artistas expostos na mídia.

O crescimento de oportunidades no ambiente evangélico aumentou e muito, para a atuação profissional e ministerial, e a música cristã ou gospel representa  hoje 30% da produção fonográfica nacional, além de programações independentes para a rádio e TV aberta ou paga.

Junto com isto é preciso que se mude a mentalidade, para favorecer a atuação dos artistas cristãos. Vamos dar mais um passo para beneficiar esta geração e a próxima, e que os músicos e artistas tenham sempre discernimento e maturidade para viver de maneira digna do evangelho que abraçaram. 

Por Nelson Bomilcar

domingo, 10 de julho de 2011

O caráter do artista

Hoje postamos uma uma reflexão interessante para ministros de teatro, mas que valem para quaisquer pessoas que trabalhem com artes nas igrejas. Como tudo o que colocarmos aqui, vale a pena conferir, analisar e tirar suas conclusões. Que Deus os abençõe!
______________________

O caráter de uma pessoa determina seu modo de agir e pensar, como estamos falando de arte isso influência em até seu modo de atuar. Considero que ele é uma dos pontos-chaves de um relacionamento, tanto vertical (Eu e Deus) como horizontal (Eu e Você), pois iremos trabalhar com esta base.

“O que mais importa é quem você escolha agradar.” Lembro desta frase do livro “O Doador dos Sonhos” de Bruce Wilkinson, onde Comum, dono da trama, recebe um sonho do Doador dos Sonhos e vai atrás deixando sua Zona de Conforto, ele luta com Gigantes, encontra Guerreiros, Fé e muitos outros personagens que provam o seu caráter e o seu coração, em um determinado momento ele chega a perder seu o foco, mas pelo seu caráter ele se arrepende e volta a percorrer não só seu sonho, mas o próprio Doador dos Sonhos (recomendo esta leitura).

Nosso caráter não sofre as influências pelo meio em que é submetido, pois o ser humano demonstra sua pessoal característica desde os primeiros dias, quiçá ainda enquanto dentro do ventre materno. O caráter é inerente do próprio espírito, e os moldes de educação, adaptação às diferentes condições e fases da vida humana apenas levam o ser às escolhas que deve fazer obedecendo elas a esse princípio primeiro.

Caráter é a soma de hábitos, virtude e vícios, o caráter faz ver além, as consequências dos atos de hoje, e não pode ser adquirido ou estudado ou mesmo aprendido.
Mas então porque estamos falando de caráter se ele não pode sofrer alterações?

Ambos, a cultura e o estilo de vida, são transformados, adquiridos e estudados e podem ser esquecidos ou aprimorados. Mas o caráter faz desses todos seus caminhos. Escolher qual deles seguir e quais consequências irão advir só o caráter pode identificar, no momento que as decisões - de trabalho, amor, relações sociais, escolares, de amizade etc. - são tomadas, ou seja, influi no relacionamento.

Mas então porque estamos falando de caráter se ele não pode sofrer alterações?
Por nós mesmos ele acaba sendo imutável, mas Deus tudo pode, ele está no controle e diz na sua palavra acerca de como devemos ser, Deus diz, “Sede santos.” Ele não disse para fazermos algo para que aparentássemos santos. Ele diz, “sede” santo. Você não pode fazer a si mesmo santo da mesma forma que não pode salvar-se a si mesmo, mas quando você recebe a santidade de Deus por dentro, sua vida e conduta serão santas e agradáveis à Deus. Traços de bom caráter não são aprendidos em um programa de dez passos ou em livros de autoajuda. Eles são mais do que apenas tentar fazer o melhor. Eles vêm através do trabalho de Deus no coração.

“Acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência, E à ciência temperança, e à temperança paciência, e à paciência piedade, E à piedade amor fraternal; e ao amor fraternal caridade.”
Entendo neste versículo, que não é uma sucessão de acontecimentos, mas um conjunto de qualidades particulares, que podem ser adquiridas em exercícios fundamentais de fé e oração. Nosso caráter é algo inegável e não pode ser escondido, diferente da nossa fé que produz milagres, diferente da nossa salvação que produz frutos, o nosso caráter é algo que rege tudo isso, mas não gera algo visível.
Negar nosso caráter é se negar negligenciar o que Deus pode fazer nele é negar uma vida de santificação.
Isso não serve só para artistas, mas vemos sempre este tema ligado a esta classe, isso se deve a maior sensibilidade que o artista tem. Na verdade ele é regido emocionalmente, ultrapassando barreiras de seu caráter, e é ai onde mora o perigo.
Achamos que ao atuar, assumir uma personalidade, viver um personagem, podemos nos desligar de nós mesmos e usar a nossa “memória” (leque de situações que nos ligam a algo), e esquecemos que nosso caráter não é mudado, então estaremos apresentando um personagem com “certas características” mas com nosso próprio caráter.

Faça essas perguntas a si mesmo:

O que você pretende ao atuar? Seu caráter te permite ser um canal de benção?

Não lute contra si mesmo para camuflar seu caráter, é muito mais fácil pedir a Deus o seu caráter.
Como artistas, o cristianismo nos exige muito, vemos em João 4.23 “ Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.”

Não deixe que o dom dado por Deus para que você o glorifique seja dominado por seu caráter e acabe perdendo valor. Tenha uma vida de Adoração, ela é essencial e faz parte do caráter de um artista saber adorar aquilo que realmente ama.  Lembre-se: Um verdadeiro adorador influência através de seu caráter cristão. Talvez você leve uma vida inteira para ter aperfeiçoado seu caráter, mas é importante que em toda a sua vida você deseje por isso e lute por isso.

Algumas coisas a serem consideradas:

RENOVE A MENTE, ELA TRABALHA JUNTO COM SEU CARÁTER
A mente é o atributo central da alma humana. Nela se trava a batalha dos pensamentos. Ilustração do relacionamento integral do homem com o mundo externo. Por isso:
  • Tenha comunhão pela oração (Fp 4. 6-8.),
  • Se encha da palavra (Rm. 12.2),
  • Aprenda com a bíblia (2Cor 10. 4 e 5) e,
  • Domine a sua mente (Jo 8. 32).
Precisamos ter as vontades de Deus como nossas vontades, mas Ele não coage ou força, Ele nos respeita.
Jesus é nosso exemplo (Jo. 4. 34), temos que ser sinceros (Rm.7.18) e resistir ao diabo (Tiago 4.7b).

SUGESTÕES
Faça uma lista de suas qualidades e defeitos (no mínimo 5 de cada)
  1. Analise atitudes que você julga boas ou más.
  2. Apresente a Deus. Peça forças para perdoar - PERDOE
  3. Ore pedindo a Deus que seu caráter seja igual ao dele.
  4. Retenha o que é bom, descarte o que não te edifica.
Por Rafael Celestino de Souza
Diretor do Grupo de Teatro Face a Face.
Diretor de Grande Grupo do Projeto CRI, Min. Infantil da Igreja Cristo Salva – MTC.

REFERÊNCIAS
  • Texto “CARÁTER CRISTÃO: O FRUTO DA ALMA Quem é você quando ninguém está olhando?” Autor: Joe Bishop.
  • Texto “OBRA DE DEUS NA FORMAÇÃO DO CARÁTER CRISTÃO, Aprendendo com Pessoas da Bíblia” de Edson Talarico Rodrigues.
  • Teologia da Adoração. Edições Vida Nova. São Paulo, SP. 2002.
  • O Coração do Artista - Construindo o caráter do artista cristão. Editora W4. Rory Noland.
  • Bíblia Sagrada.

sábado, 9 de julho de 2011

Dica de filme: Wesley

Gravação de cena do filme Wesley.
A empresa Graça Filmes lança mais um DVD: Wesley – um coração transformado pode mudar o mundo. O filme foi lançado no evento Celebração do Coração Aquecido, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, ocasião em que a grande família wesleyana estava reunida para celebrar a experiência que transformou a vida de John Wesley e impactou seu país e o mundo.

Wesley – um coração transformado pode mudar o mundo! é um drama de fé e renovação. Esta verdadeira história é baseada no diário real de John Wesley, fundador do movimento metodista, ao lado de seu irmão, o compositor musical, Charles Wesley. Este filme está repleto de aventura, romance e desafio. Ao longo desta apresentação dramática, os espectadores vão se identificar com as lutas pessoais desses grandes heróis da fé. O filme apresenta como foi que o poder transformador da graça de Deus transformou suas vidas e o mundo ao seu redor.

Este longa metragem, que chegou a passar no cinema nos EUA, há muito aguardado no Brasil, foi premiado por seus efeitos especiais, fotografia deslumbrante e autênticos figurinos do século XVIII, o filme “Wesley: A Heart Transformed Can Change the World” (Título em Inglês) está a venda nas principais lojas evangélicas do país.

Fonte: Gospel Prime
Com informações Assessoria Graça Filmes

terça-feira, 5 de julho de 2011

9 grandes dicas para compositores

Querendo melhorar suas composições? Tente estas nove dicas de Brian Doerksen.

1 – Encontrar novas maneiras de cantar os salmos
Eu acho que o conteúdo dos Salmos nunca sairão de moda e nem se tornarão irrelevantes. Admito que o Salmo 144 é um dos mais difíceis de selecionar para música, mas ainda é necessário.

2 – Não tenha medo dos acordes ficarem “fora do tom”
Na canção ‘Fortress 144′, eu uso tanto o bemol com 6 e 7Maior e o bemol com 7Maior (Cmaj7 é o bemol com 6 e D é o bemol com 7). Se você não tem idéia do que eu disse, e seu coração está ansioso para escrever canções; fazer um curso básico de teoria musical seria útil e realmente muito divertido. Compreender os conceitos básicos de como funciona a música ajuda a desbloquear todos os potenciais blocos da construção da música para que você possa escrever canções que movem outras pessoas.
  
3 – Corra um risco lírico liricamente
Inclua coisas que são inesperadas, mas verdadeiras. Vi algumas pessoas levantarem as sobrancelhas da primeira vez que ouviram a frase “pai da mentira”. Mas essa é a batalha que enfrentamos: uma batalha sobre os nossos pensamentos em concordância com Deus.

4 – Foco: uma canção em torno de sua palavra-chave
Qual é a palavra que salta para você, aquela palavra que você sente que deve ser o foco? Construa sua música em torno dessa palavra!

5 – Traga um pouco de dissonância em sua estrutura melódica e de acordes
Essa tensão e dissonância refletem a vida ao nosso redor. Se tudo é muito previsível, a canção pode ser descartada como sendo muito doce. Encontre maneiras de permitir que esses tipos de tensões contem uma história maior em suas canções.
  
6 – Não deixe uma canção passar sem colocar Deus e Seu caráter em foco
Essa música é basicamente sobre declarar a nossa escolha em seguir a Deus. No entanto, a ponte me dá a chance de levantar o caráter de Quem estamos seguindo: Maravilhoso, Conselheiro, Pai da Eternidade, etc

7 – Escolha um dos Salmos de lamentação, e configure-o em uma nova melodia
Mesmo que você não escreva para o público a ouvir, ele vai fazer sua alma entrar no mundo do salmista e tornar este salmo propriamente seu!
  
8 – Escreva o seu próprio lamento
Expresse um pouco do seu sofrimento e perda. Se você não tem nada a lamentar, talvez você não está arriscando o bastante para amar.
  
9 – Não declare apenas seus pontos fortes, sua confiança – confesse a sua humanidade, suas fraquezas, sua fragilidade e suas dúvidas
Por alguma razão o louvor do compositor lança este fluxo interminável de declarações confiantes – mas essa confiança coloca uma distância entre a música e a vida da maioria das pessoas. Nossas músicas devem expressar quem realmente somos e não quem pensamos que deveríamos ser. Um deles é o louvor, na verdade, o outro é bajulação e religião. Claro que há momentos em que precisamos simplesmente cantar uma canção sobre a grandeza de Deus. Mas a adoração deve ser um bom equilíbrio de toda a experiência humana. É por isso que os Salmos funcionam tão bem, você encontra de tudo lá!

Este texto foi extraído de (“Make Love, Make War” – “Faça amor, faça guerra” ) por Brian Doerksen (publicado por David C Cook). Extraído de Portal Adorando.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Entrevista com Samuel Mizrahy

O cantor Samuel Mizrahy me concedeu uma breve e divertida entrevista ao Jonas Paulo, coordenador da área musical do Proclamarte. Leia e conheça um pouco mais desse cantor/compositor talentoso:

Jonas Paulo: Samuel, você é autor de canções belíssimas, dono de uma voz cheia de expressividade e um grande condutor de Louvor e Adoração. A que se deve esta combinação? E você acredita haver uma “formação escolar ou técnica” que desenvolva estas características em alguém que aspire uma carreira como cantor gospel, ministro de música ou algo assim?

Samuel Mizrahy: Já ouviu falar que a gente é aquilo que a gente come? Penso assim, sou feito daquilo do que me alimento. Desde cedo sempre fui influenciado musicalmente pelos meus irmãos mais velhos e sempre tive ótimos referenciais. Acho que a “formação escolar” é fundamental para quem quer ser alguma coisa. O grande ditado do “Diga-me com quem tu andas...” é muito verdadeiro, pois se as más companhias corrompem os bons costumes, as boas constroem pontes para as coisas boas. Quanto ser um grande condutor de Louvor e Adoração, fico feliz de poder ser isso. Sempre quis ser, sempre busquei, se está acontecendo é porque houve sementes.

JP: Como foi seu início como músico cristão?
SM: Venho de uma família de cinco irmãos, minha casa sempre teve instrumentos, lembro da minha irmã tocando piano, meus irmãos tocando violão e isso sempre me inspirou, e como nossa vida era dentro da igreja tudo aconteceu de forma natural. Um dia eu estava fazendo aulas de violão, no outro eu estava tocando minha guitarra azul de rock na reunião de adolescentes. (risos)

JP: Qual foi a primeira canção que você escreveu?

SM: A primeira foi SEU AMOR, eu até a gravei no cd do MUITOMAIS (uma banda que eu tinha em Belo Horizonte)


JP: Vou entrar em um assunto um pouco controverso: Quais os limites de envolvimento de um músico cristão com a chamada “música secular”? E na seqüência: há algum músico popular que te influencie musicalmente?

SM: Bom, eu tenho um pensamento pessoal a respeito disso, isso não é uma bandeira que carrego, mas algo que eu vivencio todos os dias. Sou do pensamento que só existem 2 tipos de música, a boa e a ruim. Ouço música secular, aprendo muito com compositores seculares, mas não faço de suas músicas minhas bíblias. O que eu não gosto mesmo é a hipocrisia besta que os artistas evangélicos incluem em seus discursos, estão todos Cold Playando, U2ando, Snow Patrolando, em suas músicas, e dizem que é pecado ouvir música secular. Acho que quando se faz uma música “gospel” sem base bíblica, ou quando se faz uma canção “evangélica” com um refrão que todos vão cantar ou visando uma venda maior de CDS é mais pecado do que ouvir uma música SECULAR.
Quanto aos que eu gosto, vou citar 2 mas poderia citar 500.
Lenine e Lulu Santos. Pelas letras do Lenine e pela musicalidade do Lulu
Vocês já ouviram o cd do Luiz Arcanjo? É uma aula de música brasileira, de composição.
Vocês precisam ouvir as composições “seculares” do Thales Roberto, uma mais linda que a outra.


JP: Como você pensa que sua profissão (Samuel Mizrahy é publicitário) influencia seu trabalho musical? Tanto artística como tecnicamente e até do ponto de vista do marketing da coisa?

SM: Nada, sou péssimo no meu marketing pessoal. Agora que eu estou tendo a ajuda do pessoal da Salluz e da Sonar (onde eu trabalho) pra fazer as minhas coisas. Se não fosse eles eu tava perdido. Eu acho que o que eu tenho em comum entre ser publicitário e músico é a criatividade, se bem que eu tenho me achado muito repetitivo.

JP: Você acha que há limites para a música cristã em termos de estilo musical? Você sente falta de mais música brasileira nas rádios evangélicas?

SM: Sinceramente, sou muito metamorfósico. Eu amo a música brasileira, acho que é uma música inteligente de se ouvir e a cada dia que passa tem algum brasileiro com uma nova idéia para torná-la cada vez mais plural (O Lenine faz muito bem isso). Agora, no que se refere às rádios evangélicas, só vão tocar o que se pagar pra tocar, afinal eles têm que sobreviver, se tiver muita música brasileira (na essência) disposta a pagar pra tocar, eles vão fazer, se não...... que venha o rock britânico (e olha que eu gosto). Não sou contra as tendências, gosto do novo. Só não gosto do goela abaixo.


JP: Seu novo disco insere um leque um pouco mais amplo de influências no seu trabalho. Como foi isso? O “brit-rock” veio pra ficar?

SM: O “brit-rock” é muito envolvente em suas cadências, ótima pra ministrar. Eu não acho que veio pra ficar, pois a música é cíclica e já já chegam novas tendências, mas se for feito com qualidade e bom gosto eu vou gostar sempre. Eu gravei algumas agora no meu cd, mas gosto sempre de por um tempero mineiro/brasuka.


JP: Como foi trabalhar com a Salluz? O quanto isto agregou às tuas possibilidades criativas?

SM: Foi um privilégio sem fim, não só trabalhar, mas caminhar com eles tem sido um tempo de grande aprendizado pra mim. Ver quem são e o que são fora da igreja me fez ter a certeza que existem homens e mulheres que fazem a obra de Deus com excelência, trabalham e vendem seus produtos “evangélicos” com honestidade e muita clareza. Nas pequenas e grandes coisas. Por exemplo, eu nunca vi ninguém fazer qualquer tipo de trabalho pra Salluz e não ser honrado financeiramente. Eles pagam todos os direitos autorais de tudo, até das versões. Isso é raro.


JP: Samuel, agradeço muito sua disposição e simpatia de sempre e gostaria de encerrar esta breve conversa com uma palavra para os muitos jovens que te admiram e sonham em cantar pra Deus com a excelência que você apresenta.

SM: Esses dias eu postei um conselho no twitter que vou dar sempre em todas as oportunidades que eu tiver. Quanto ao sonho de ser um ministro, alguém usado por Deus, busque nEle e só nEle, pois Ele é quem capacita, instrui, adestra para Sua obra. Busque referenciais humanos sim, mas não se esqueça de imitar Jesus em suas atitudes. Mas se você quer se dar bem na sua vida financeira, faça um bom currículo e procure um emprego. Uhu! 

Confira outros artigos e entrevistas sobre arte, música e cultura no Praticando Teoria e Crítica, por Jonas Paulo. É só clicar aqui e boa leitura!

sábado, 2 de julho de 2011

Quer conferir mais um trabalho bom do produtor Leandro Rodrigues? Dá uma olhada no “Além dos Olhos”, do talentoso Fellipe Magalhães que recentemente apareceu na lista das 6 mais pedidas da programação na Radio Vida com a balada pop Desejo, versão de Wish (Brian Litrell).



Em uma visão geral você percebe ao longo do cd que os arranjos estão muito bem referenciados, transitando com destreza pelo Indie Britânico e o bom e velho pop-rock americano. A "pitada de Indie" se evidencia com mais intensidade nas cancões Viverei, Sem Razão e A Ti louvor - por sinal excelente contribuicão composicional de Alexandre Malaquias ao trabalho - no qual os pianos tem um "quê de coldplay" e há "falsettos" muito bem executados. Desconfio eu que o toque Indie tenha se dado também por conta do produtor ter atentado para o fato de que Fellipe é um excelente tecladista - o que pode dar uma cara meio Chris Martin (vocalista da banda britânica) em suas ministracões.

Mas e o pop-rock citado ali em cima? Aumente o som e curta os riffs de guitarras em  músicas como Descoberta e violões como os da faixa que leva o nome do cd, “Além dos Olhos”. Uma palavra define bem: Viciante!

Vocalmente falando o brilho fica por conta do timbre de Fellipe (que nem precisa de muitas “firulas” para se tornar agradável, já é bom por natureza) e dos duos feitos em boa parte das faixas pelo próprio cantor. Afinadíssimo. Lembro-me até mesmo que na época de gravação Leandro Rodrigues  comentava via twitter que afinar voz nesse cd foi praticamente um trabalho desnecessário. Quem já viu ao vivo atesta, realmente o cantor possui um talento de tirar qualquer um do sério.

Nota-se  também ao longo do álbum uma homenagem (mesmo que singela) a um companheiro de ministério que, segundo o próprio cantor, foi uma das pessoas que investiu esforços , auxiliou nas composições e tornou a realização desse sonho possível. A faixa "Faça-me ver" lembra  baladas piano e voz como Super-Herói  do nosso querido (e grande, rsrs) poeta Thiago Grulha. Além disso ,tem a regravação da "Tempo para amar" e a participação do próprio interprete num dueto com Fellipe na canção "Tu és Deus". A timbragem das vozes é impressionante , vale muito a pena conferir o resultado.

Aproveite e confira o cd  todo entrando no site http://www.fellipemagalhaes.com.br/ e adquirindo o seu. Mas aviso:vai passar pelo menos um mês sem conseguir tirar ele da orelha.

por Raíssa Junker - Jornalista e tecladista.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A arte de “falar” do amor de Deus

“Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra” (João 4.34.)

Sempre que assumimos um ministério, pensamos numa forma de produzir e dar excelentes frutos!
Quando recebemos de Deus algum dom, habilidade ou talento, devemos usá-lo para um único objetivo, levar a mensagem de Deus e fazer conhecido o amor que Ele nos dispensou.

Canções, peças teatrais, danças e outros recursos são formas de atrair pessoas a Deus. Agradam, trazem diversão e emocionam as pessoas, porém se vierem sozinhos, sem a presença do Espírito Santo, se tornarão vazios.

Devemos, primeiramente, orar, nos consagrar, por tudo o que iremos realizar. Somente Deus pode nos direcionar, usar a nossa vida e os talentos que Ele mesmo nos deu para que as pessoas sejam convencidas, pelo Espírito Santo, do pecado e recebam a Jesus Cristo como único e suficiente salvador de suas vidas. “[...] não é por força nem por violência, mas é o Espírito Santo quem convence [...]” Jamais podemos nos esquecer de que é o Espírito Santo quem leva uma pessoa a escolher viver em santidade e ter uma vida com Cristo.

Hoje vivemos uma realidade na qual as pessoas rejeitam o evangelho, muitas vezes, pela forma como ele é pregado. Por isso cremos que o Espírito tem nos direcionado a falar do amor de Deus através das artes.
Ele deseja nos usar como ferramentas e instrumentos em suas mãos. O objetivo não é nos promover como ministros, mas propagar o nome do Senhor. Nunca devemos nos esquecer que a nossa mensagem não está nas demonstrações atrativas e superficiais de nosso próprio talento, mas na “demonstração de poder do Espírito.” (1Co 2.4.)

Se Deus nos deu a oportunidade de cantar, dançar, interpretar, pintar e usar todo tipo de arte para adorarmos a Ele e levar outros a salvação, não podemos desperdiçar esses talentos. É tempo de sairmos das “quatro paredes” (igreja), usando todos esses recursos para ganharmos almas para o Reino; é tempo de fazermos conhecido o amor de Deus. A arte é uma forma poderosa de impactar pessoas se produzida na unção e no poder do Espírito Santo.

Fale de salvação, amor, graça e perdão em suas mensagens, use todos os recursos que Deus lhe deu. Você é único, ninguém poderá fazer ou exercer o seu ministério e chamado como você deve exercer. Então, use os seus dons, os talentos que Deus lhe deu, para anunciar o amor de Deus. Não se intimide! Complete a obra do Senhor, leve alimentos aos famintos!

Por Peterson Amicuchi
Extraído de Portal Lagoinha.com